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Construção Civil: 5 passos para inovação e sustentabilidade

Construção Civil: 5 passos para inovação e sustentabilidade
20 de Agosto de 2018
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O setor da construção civil foi um dos mais afetados pela crise brasileira, principalmente após a euforia da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o mercado se viu preso em distratos, estoques elevados e taxas de vacância enormes. A recuperação das empresas tem sido bastante lenta, no entanto são nestes períodos que a inovação e a sustentabilidade ganham força e se apresentam como ações para alavancar o status da cadeia produtiva da construção.


Enquanto a maioria das outras indústrias se transformou drasticamente, a construção civil ainda é hesitante em abraçar inovações, sejam elas tecnológicas ou de processo, e isso causou uma forte estagnação no setor quando falamos de produtividade.


Um estudo sobre produtividade elaborado pela EY mostrou que 41% das empresas do setor não utilizam indicadores de forma sistematizada, 21% apresentam indicadores de m²/dia, 20% m²/homem-obra, 11% outros indicadores e 7% m²/equipamento. Já no quesito sustentabilidade 90% das empresas não possuem indicadores de produtividade por recurso consumido ou por resíduo produzido. Dentre os principais pontos abordados na pesquisa, 5 passos foram os mais enfatizados enquanto precursores da inovação nos próximos anos.


Liderança: o primeiro passo de tudo é saber liderar e superar obstáculos que tem sido a postos a nossa frente de forma abrupta. Essas pessoas devem assumir esses problemas e trabalhar nas soluções de forma pioneira, engajando as pessoas chave das organizações e de confiança. A construção civil é um setor tradicionalista por natureza e avesso à inovação, por isso será necessário achar pessoas que tenham força de vontade, resilientes, determinadas, com alto poder de influência e permeabilidade de mercado para liderar essas mudanças de forma bem-sucedida.


Cooperação: A grande maioria do mercado compete entre si e esquecem do poder das parcerias e da cooperação mutua. Antes um mercado avido por pioneirismo, hoje um mercado necessitado de altruísmo. A divisão e o isolamento das empresas não “protege” suas inovações, apenas atrasa o setor e impede que as coisas sejam feitas com maior produtividade e de forma mais racional.


Quebra de Paradigmas: Segundo pesquisas mais avançadas de mercado e tecnologia as Construtechs (empresas de tecnologia focadas na construção civil) estão a caminha e prontas para atender ao mercado aprisionado no tempo e sedento por inovação, e isso impactará fortemente o setor de forma a não fomentarmos uma necessidade de mudarmos o pensamento sobre o modo como construímos hoje. Um exemplo disso são as construções enxutas, rápidas, em 3D e inúmeras tecnologias que vem sendo desenvolvidas para melhorar e tornar mais eficientes os processos dentro de uma obra.


Sustentabilidade: A sustentabilidade já é assunto de praxe nas grandes empresas. No entanto a sua eficiência no quesito inovação vai além de mostrar ao cliente o quanto solidário ao meio ambiente você é, mas mostra principalmente como ações de diminuição de uso de materiais e recursos, minimização da geração de resíduos e diminuição dos gastos com embargos de obra, e desperdício de tempo em processos ambientais, podem sim maximizar o ganho de uma empresa. A construção do futuro é a construção de menor impacto ambiental.


Ética e Transparência: Em tempos em que a palavra corrupção ganha notoriedade a transparência nos processos de uma empresa, em toda sua cadeia, é imprescindível para o sucesso e a inovação do setor. Muitas empresas já estão engajadas e realizando processos de compliance e anticorrupção, criando uma cultura ética em seu corpo de trabalho.


Inovar é a melhor forma de instituir uma cultura de mudanças, produtividade e sustentabilidade a longo prazo dentre das empresas e principalmente fortalecer o setor da construção em todo o Brasil.


por Gian Franco Werner


Msc, Engenheiro e Perito Ambiental e Engenheiro de Segurança do Trabalho



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