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Inovação e tecnologia: cidades resilientes

Inovação e tecnologia: cidades resilientes
12 de Fevereiro de 2018
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O ser humano possui uma capacidade de adaptação diferenciada dos demais organismos principalmente por conseguir adaptar o meio em que vive a sua existência. Desta forma podemos extrapolar esta relação as nossas cidades, pois elas se adaptam a forma como queremos viver nelas. No entanto elas, como nós, estão sujeitas a intempéries, eventos inesperados e adversidades, e mesmo assim devem estar preparadas a voltar ao seu estado de equilíbrio para manter suas funções econômicas e sociais.


Essa capacidade de retomar o estado natural chamamos de resiliência. Mas qual a relação da resiliência do ser humano com as cidades? É que as cidades tem encontrado ferramentas inovadoras para melhorar sua capacidade de desenvolvimento e ainda promover uma sustentabilidade e somos nós seres humanos os atores de tal façanha. Mesmo sendo obvia, essa relação deve ser sempre vista como uma evolução, pois da dependência dos homens vivem as cidades e elas devem favorecer seus processos em prol de uma qualidade de vida adequada a todos.


Para que as cidades consigam alcançar um status mais equilibrado várias são as tecnologias hoje empregadas que fazem com que isso seja possível. Desde smartphones até a inspiração em sistemas ecológicos, as cidades estão usando todos os tipos de recursos e novas maneiras de torná-las mais resilientes.


O emprego de estratégias para a obtenção de banco de dados tem ofertado as cidades uma possibilidade de observar melhor suas necessidades. Ao fazer com que haja uma sinergia da compilação entre estes novos dados e aqueles já existentes, as cidades avançam na criação de novas tecnologias que facilitam a vida em conjunto, das pessoas e dos serviços que elas utilizam. Esses dados dizem respeito ao transito, ao clima, aos serviços prestados, ao meio ambiente e a saúde coletiva, por exemplo. Quando cruzamos estes dados é possível criar novos serviços e novas possibilidades de uso para a população, facilitando assim a vida das pessoas e consumindo menos recursos.


Outro exemplo é a integração de novas possibilidades tecnológicas através da Internet das Coisas (Internet of Things) a partir do desenvolvimento de novos sensores, que proporcionam as cidades descobrirem novas maneiras de colocar os dados mais relevantes nas mãos dos tomadores de decisão, como gestores públicos e população.


Barcelona está usando a Internet das Coisas para conectar ônibus e pontos de ônibus, carros e estacionamentos, sensores na iluminação das ruas, tudo de forma integrada, em uma dinâmica que torna o dia a dia das pessoas e a gestão dos recursos ambos mais eficientes. Os benefícios são quase imediatos: melhor distribuição dos ônibus, que chegam aonde as pessoas precisam; mais eficiência na coleta de lixo; menos emissões de carbono; serviços de emergência mais eficazes e um meio urbano menos estressante para as pessoas.


A estruturação de projetos mais inovadores e linchados com a necessidade das cidades também é uma estratégia eficaz na qualificação da vida urbana e na sua capacidade de resiliência. Os materiais usados na construção de infraestrutura em uma cidade ocupam uma posição central no que diz respeito a reduzir os desperdícios, melhorar a eficiência e criar estruturas urbanas mais dinâmicas.


O celular e a comunicação atualmente tornam as pessoas e as cidades mais empoderadas. O engajamento da sociedade para um bem comum é mais bem sucedido quando todos tem essa oportunidade de fazer a diferença e usar as informações de catástrofes por exemplo para tornar a cidade mais reagente aos acontecimentos possíveis. Isso é ser resiliente. Pessoas fortes e unidas tornam seus lares mais seguros e eficientes.


por 


Gian Franco Werner


Msc, Engenheiro e Perito Ambiental e Engenheiro de Segurança do Trabalho



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