Telhado Verde: Vantagens e Desvantagens

O conceito de Telhado Verde surgiu nos anos 70, a partir do interesse de pesquisadores, universitários e profissionais da arquitetura por esse tipo de cobertura, sendo a Alemanha uma das pioneiras no desenvolvimento desses sistemas difundindo-se rapidamente na em toda Europa.

O termo “telhado verde” pode abranger diversos nichos dentro da sustentabilidade, sendo utilizado em painéis solares, coberturas brancas com alta emissividade e refletividade, e, como também nas coberturas com vegetação que consiste num sistema de jardins potencializando a conotação ambiental. O desenvolvimento deste sistema requer um projeto para determinação dos materiais a serem utilizados, a estrutura de montagem, as camadas introduzidas de espécies e substratos, para assim obter-se uma maior eficiência do seu uso.

Existem duas variações de telhado verde, podendo ser intensivo ou extensivo. Os telhados de característica intensiva são mais espessos, podendo alcançar altura máxima de 20cm e suportam maior variedade de plantas, já os extensivos possuem espessura máxima de 8cm e são cobertos tipicamente com forração. Este tipo de telhado é mais viável financeiramente, porém possui baixa capacidade de carga de água pluvial.

O custo para implantação varia de R$ 100,00 a R$150,00/m², podendo mudar de acordo com a região. De certa forma é um custo elevado se comparado aos convencionais e/ou lajes, porém se analisar o clico de vida completo, a duração é, em média, o dobro da opção convencional, apesar de exigir manutenção periódica e alguns cuidados, além de proteger a laje da variação de temperatura e da insolação.

Além de apresentar uma excelente solução estética, os telhados verdes são uma boa alternativa para a gestão das águas pluviais, sendo que podem agir como uma espécie de retardante da drenagem pluvial, diminuindo a saturação das galerias, podem ser utilizados também como isolantes acústicos e térmicos, minimizando assim o gasto energético com aquecimento/refrigeração.

Os telhados verdes podem apresentar outras vantagens, tais como:

·      Diminuição da poluição: as plantas podem absorver substâncias tóxicas e também realiza a liberação de oxigênio na atmosfera, melhorando assim a qualidade do ar.

·      Diminuição da temperatura nas Ilhas de Calor: atua na diminuição do stress causado pelo excesso de concreto, combatendo as Ilhas de Calor nas grandes cidades.

·      Diminuição da possibilidade de enchentes: atua na retenção da água da chuva.

·      Redução do consumo de energia: devido à redução da temperatura no ambiente interno, diminuindo a necessidade de refrigeração.

·      Aumento da biodiversidade: atraindo passados e borboletas.

·      Regulador térmico: atua como regulador da umidade do ar no entorno da edificação.

Apesar de ser uma excelente alternativa para a sustentabilidade nas edificações, devem ser levados em consideração alguns fatores para a implantação: o investimento inicial, a restrição quanto à estrutura, mão de obra especializada para instalação adequada, e os custos com a manutenção. Mesmo apesar do elevado custo para instalação ainda é considerada uma alternativa viável com relação ao custo benefício do sistema.

por Gian Franco Werner¹ Nathalia Guandalim²

Msc, Engenheiro e Perito Ambiental, Eng. de Segurança do Trabalho¹

Acadêmica do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitaria²